Azar Crônico

Mabel: a carta que prometi e um recorte da vida

24 de novembro de 2021

Querida Mabel,

prometi lhe escrever quando estivesse aqui. Não faz sentido colocar uma carta no correio agora, tendo em vista os últimos meses. Mas, parte de mim ainda anseia por conversar com você. Mesmo que eu ignore solenimente essa ideia. Sendo sincera, tenho diálogos internos com você o tempo todo. As vezes, nem percebo que estou fazendo isso. Quando caio em mim, já estou matracando mentalmente com você há horas e me pergunto quanto disso ressoa por aí com telepatia. Será que ainda conseguimos esse contato? Creio que não. Continue Reading

Azar Crônico

Veja você, onde é que o barco foi desaguar

18 de novembro de 2021

Veja você, oito anos atrás, estavamos iniciando a vida adulta, imaturos de tudo, com uma chance de ouro na nossa frente. A música tocando no som do carro, eu reclamando que não gostava da banda e você questionando como eu poderia ser tão insensível que não conseguia apreciar aquela obra prima. “Muito triste” ou “muito melosa”, foi a minha reclamação. Por que nós sabemos que eu me fingia de muito forte e muito sem coração, quando sou toda amoor. Mas, veja você, essa é a música que melhor define nossa relação nos tempos atuais. Rídiculo, né? Eu bem sei. Veja você, poderiamos ter vivido um grande amoor, mas nos resta ser o grande “e se” da vida um do outro.

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Azar Crônico

Artemira: meu presente em forma de avó

25 de outubro de 2021

Lembro de uma vez, voltando para casa, de carro com meu pai, em que ele me disse: “Filha, cê não tem recordação de comida de avó, né?”.  Ele seguiu a conversa contando tudo que ele lembrava sobre as avós dele. Mas, aquela frase me pegou no coração. Por que nunca tive uma relação de neta com uma das minhas avós e a outra sempre morou muito longe. E se tem uma relação que é bonita de ver, é de vó e neta. Sempre quis. Em outras palavras, ter aquela sensação de chegar na casa de uma avó e me sentir tão em casa, quanto eu me sinto na minha própria. Dar um abraço apertado e ter para onde correr quando o coração aperta.

E talvez eu tenha sido uma boa menina, por que Deus achou um jeitinho de me presentear com uma avó. Artemira veio, enchendo minha vida de amor e arte. Mas, deixe-me contextualizar.

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Azar Crônico

amoor e o mito do “não demos certo”

17 de outubro de 2021

Nesses anos em que eternizo histórias de amoor, muitos insights sobre o sentimento vem a minha mente o tempo todo. Cada nova história que eu escuto, um novo aprendizado. E hoje parei para refletir sobre o amoor e o mito clássico do “não demos certo”. Portanto, esse é um daqueles texto de esvaziar minha própria mente, sabe? Em que eu escrevo um monte de reflexões que surgiram na minha mente, muito mais para mim ter um registro sobre isso e uma organização no que penso, do que para alguém ler. É mais um dos textos em que vocês são muito bem-vindos na minha mente, mas não quer dizer que vão encontrar uma reflexão linear, ok?

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Azar Crônico

Amoor sem filtro: minha visão antes do projeto

3 de outubro de 2021

Muito falo de amor, mas pouco falo de como o efeito desse sentimento pode ser avassalador na vida de alguém. Inclusive na minha. Aqui, meu amoor sem filtro. Repito, essa é uma conversa sobre amoor sem filtro algum. Tudo o que vier a minha mente, será digitado, levemente polído para ajudar no SEO deste site. Apenas isso. Confesso que esse será um desabafo carregado de autossabotagem. Alguns pensamentos desses, eu já desmistifiquei e é capaz que eu mesma me contradiga no decorrer da publicação. Ao mesmo passo que, talvez você se sinta confuso e sufocado. Por que são muitas frases. Mas, é só uma fatia do que a minha mente consegue pensar em questão de segundos. Realmente sufoca. E é por isso que escrever é minha melhor ferramenta para transmutar isso.

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Azar Crônico

Nossa despedida de mentira: um adeus digno ao meu pai

3 de outubro de 2021

Essa é a nossa despedida de mentirinha.

Na madrugada do dia 30 de setembro, ouvi meu pai acordar. Estava lendo algum livro em pdf no celular, debaixo das cobertas, para a luz não refletir no teto, já que não tinhamos forro em casa. Eu tinha medo dele me brigar por estar acordada até tão tarde lendo. Ele tinha medo que eu estragasse os meus olhos naquela brincadeira. Eu senti uma vontade enorme de levantar e dar um beijo nele. Dizer o quanto eu o amava. Muito, muito. Sempre fui muito carinhosa com meus pais, mas naquela noite achei melhor dormir do que ir até lá. Para evitar chateação pra nós dois. Aproveitei e dormi. Mas, mais ou menos no mesmo horário, meu pai infartou. Ele mesmo conseguiu se recuperar e só fomos saber disso em um exame que ele fez no hospital.

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Azar Crônico

Escrever cura: e já passou da hora de curar o luto

29 de setembro de 2021

Nove anos. Meu Deus. Nem acredito que estou viva. Passei a semana me perguntando: o que falta liberar desse luto, meu pai? Por que eu já não aguento mais sofrer como se fosse morrer todos os anos. Mas, claro que a resposta veio: escrever. Nunca escrevi sobre isso. Nem aqui, nem em caderno nenhum. É meio louco pensar, por que eu sempre soube que escrever era a minha forma de curar. Então, pode ser que esse seja o primeiro de uma coletânea de milhares de textos. Ainda não sei prevêr o quanto pode demorar e ser intenso limpar isso. Mas, vou começar do começo. Por que eu preciso escrever até esgotar.

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Azar Crônico

Despedida: carta aberta à expectativa do amor

29 de setembro de 2021

Oi! Essa é minha carta de despedida. O desfecho final do nosso “quase”. Do nosso “e se”. Me permito botar em texto público, por que o canto que separei para eternizar as milhares de mensagens, que nunca enviei, já não existe mais. Além disso, acredito que outros corações acorrentados a fantasmas, também estejam precisando de um sinal para a tal despedida. Pergunto-me se começo contando a minha visão de nós ou se simplesmente vou direto para o ponto final que resolvi dar. O que é melhor? A crise de ansiedade volta a atacar, só de eu lembrar de ontem. Então, vamos do começo.

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Witch mood

Espiritualidade, religião e abraçar todas as partes de si

15 de julho de 2021

Espiritualidade. É… Essa tá longe de ser uma conversa comum aqui nesse blog. Mas, sendo sincera, já é bom alertar vocês que esse é o caminho aqui: cada vez mais um mergulho interno, em busca de dividir experiências com pessoas que sentem o mesmo. Portanto, vamos lá. São 23h23 (olá, sincronicidade) e eu acabei de receber um dos feedbacks mais lindos de uma consulente de tarot, que virou amiga. Se você que está lendo isso não tem a menor noção do que é um consulente de tarot, vamos ao breve resumo. Eu sou taróloga há dois anos e estou trabalhando profissionalmente com isso agora. Ou seja, usando cartas de tarot e oráculos, para transmitir mensagens dos mentores e anjos de guarda das pessoas que desejam essa conexão (os consulentes). 

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