Autora: Jennifer Brown
Editora: Gutenberg;
Páginas: 336;
Sinopse: E se você desejasse a morte de uma pessoa e isso acontecesse? E se o assassino fosse alguém que você ama? O namorado de Valerie Leftman, Nick Levil, abriu fogo contra vários alunos na cantina da escola em que estudavam. Atingida ao tentar detê-lo, Valerie também acaba salvando a vida de uma colega que a maltratava, mas é responsabilizada pela tragédia por causa da lista que ajudou a criar. A lista das pessoas e das coisas que ela e Nick odiavam. A lista que ele usou para escolher seus alvos. Agora, depois de passar o verão reclusa, se recuperando do ferimento e do trauma, Val é forçada a enfrentar uma dura realidade ao voltar para a escola para terminar o Ensino Médio.
Assombrada pela lembrança do namorado, que ainda ama, passando por problemas de relacionamento com a família, os ex-amigos e a garota a quem salvou, Val deve enfrentar seus fantasmas e encontrar seu papel nessa história em que todos são, ao mesmo tempo, responsáveis e vítimas. A lista do ódio, de Jennifer Brown, é um romance instigante; leitura obrigatória, profunda e comovente. (Skoob)
Pesado, útil e apaixonante
Li esse livro há alguns anos e, como qualquer coisa escrita pela Jennifer Brown, me impactou bastante. A lista do ódio, conta a história de uma menina que, junto ao namorado, compunham o grupo de “excluídos” da escola. O resto das pessoas estavam erradas, não gostavam dos professores e assim passaram a viver em um mundo particular. Juntos também, escreveram uma lista de pessoas que não gostavam e que preferiam que desaparecessem da escola. Mas, o que a Valerie não esperava, é que o seu namorado fosse iniciar um massacre no colégio por conta daquela lista. A trama se passa depois que tudo aconteceu e ela precisa viver com a consequência disso. A trama é bem envolvente e, a partir do momento que você começar a ler, vai ser difícil parar.
Valerie precisa voltar para a sua rotina, após um verão inteiro, e ser tachada de assassina é algo que vai pesar para ela. Afinal, para o leitor a mensagem é clara: ela não tinha a menor intenção de que aquela coisa toda acontecesse. Porém, para os demais personagens, se ela criou aquela lista, ela também tem uma parcela alta de culpa. Talvez, se você já assistiu Areia Movediça, consiga sentir a semelhança de forma clara entre as histórias. Ambas são densas, cheias de gatilhos e não são para todos os públicos, que fique claro. Mas, apesar de terem premissas bem semelhantes, A lista do ódio é menos pesada que Areia Movediça e até mais acessível a determinados públicos. A trama fosse bem nessa análise dos contextos, ao invés de ficar arrumando um culpado para julgar. E isso, por si só, já é um grande diferencial.
Mudanças necessárias
A história é narrada indo e vindo no tempo, além de unir uns “recortes” de jornais que noticiavam a situação que ocorreu na escola. É bem envolvente e foca nas questões certas. Recentemente, a editora fez algumas alterações no livro, que eu achei admirável. Trocaram o nome do livro que, inicialmente chamava “A Lista Negra”, para evitar esse contexto pejorativo. Também incluíram um conto extra, que não tinha na época que eu li. O conto traz a perspectiva de outro personagem que conseguiu perceber os sinais dados pelo namorado de Valerie e ainda assim não fez nada para impedir. É sensacional e só deixou a trama ainda mais completa.
No Comments