Gênero: drama, thriller;
Ano: 2019;
Roteiro: Camilla Ahlgren;
Direção: Per-Olav Sørensen;
Sinopse: Quando um tiroteio em massa acontece em uma escola preparatória do bairro mais rico de Estocolmo, a estudante Maja Norberg é acusada de participar do crime. Durante o julgamento, muitos detalhes sobre seu relacionamento com Sebastian Fagerman e sua família são revelados. Mas seria a adolescente realmente culpada ou mais uma vítima? (AdoroCinema)
Nova série sueca da Netflix
A série sueca Areia Movediça acabou de lançar na Netflix e com apenas 6 episódios narra um caso de massacre em uma escola. Primeiramente, a cena principal não é mostrada com clareza. Vemos sangue escorrendo, ouvimos tiros, mas fica aquela dúvida no ar. Quando a polícia chega, tem uma garota viva, Maja, e em choque com toda a situação. Mas, como Maja está segurando uma arma, a polícia joga a menina no chão e segue com os procedimentos para prende-la. A partir disso a gente entra em modo vício e só desgruda da tv quando os seis episódios acabam.
Por muitos motivos. Primeiro que a dúvida se Maja é culpa ou não é algo que queremos descobrir o quanto antes. Mas, a roteirista também construiu toda a trama de uma forma muito envolvente. Lenta, para ser sincera, mas envolvente. A trama vai e volta no tempo, na tentativa de explicar as motivações do crime. Então, acabamos descobrindo coisas sobre como Maja passou a ser uma pessoa diferente depois de se envolver com o namorado. Que até aonde a série entrega, é o co-autor do crime.
Alguns temas podem ser gatilhos
Areia Movediça me lembrou MUITO The Sinner. Pelo vai e vem entre presente e passado. Pelo fato de a personagem principal não lembrar exatamente o que aconteceu. E por ser muito envolvente em sua narrativa. Fiquei muito feliz quando o caso foi resolvido em poucos episódios, por que eu não ia aguentar essa interrogação durante um ano na espera de uma nova temporada. E acredito que a trama vai parar por aí, ao contrário de The Sinner. Afinal, Areia Movediça é inspirada em um livro (que já quero descobrir se tem no Brasil) e, provavelmente, não cabe uma continuação. Mesmo que com um caso diferente.
Agora, vamos falar sobre os impactos da trama. Querendo ou não, ainda estamos muito sensíveis com casos de massacre. Recentemente, teve o caso de Suzano e o da Nova Zelândia. Muito próximos e muito traumáticos. Então, é provável que seja algo delicado para algumas pessoas. Mas, também tem outras coisas que podem desencadear problemas. Como, por exemplo, estupro. Portanto, se você já é uma pessoa mais sensível para esses assuntos, não recomendo, de verdade. Agora, se não for o caso, assista! Os seis episódios valem muito, mesmo que ande de uma forma mais lenta no começo.
No Comments