Gênero: Comédia; Drama;
Ano: 2017;
Roteiro: Robia Rashid;
Direção: Michael Patrick Jann e Seth Gordon;
Sinopse: A série acompanha um jovem de 18 anos com autismo em sua busca por amor e independência. Sua jornada de autodescoberta é tão divertida quanto dramática e tem um impacto em toda a sua família, forçando-os a lidar com as alterações em suas próprias vidas e os fazendo questionar: afinal, o que realmente significa ser normal? (Filmow)
Estreou na segunda semana de agosto, a série Atypical. A trama conta a história de Sam (Keir Gilchrist), um jovem de 18 anos, que tem autismo e vem tentando levar a vida da maneira mais normal possível, com a ajuda de terapia. Ao decidir que é hora de arrumar uma namorada, parte da sua família super protetora começa a surtar. Sua mãe (Jennifer Jason Leigh), tem medo que Sam se decepcione e faz de tudo para ele não evoluir com as dicas da terapeuta. Sua irmã caçula, que sempre o protegeu, só que garantir que as coisas continuem confortáveis para o irmão.
Enquanto isso, seu pai (Michael Rapaport) tenta se aproximar do garoto de todas as formas possíveis. Mas, sempre apoia sua evolução. Todos os problemas familiares e o processo de adaptação de Sam com as pequenas coisas da vida, são retratados com o humor e a sensibilidade, de maneira bem equilibrada.
Todos os personagens da família, tem um lado que não se encaixa no padrão. Durante os episódios, suas dificuldades em lidar com o autismo de Sam vão sendo expostas. Estão todos muito acostumados com o padrão de vida que estão levando até então. E, por mais que a gente espere que ele seja dependente da família, a série também mostra esse outro lado da dependência. E, apesar de cada um ter um carisma especial, quem merece destaque é Casey, a irmã.
Casey (Brigette Lundy-Paine) foge bastante dos padrões de adolescente que só quer atenção para ela, vaidosa e que já teve vários relacionamentos. Pelo contrário, ela se dedica com todas as forças no que acredita. Como correr, proteger pessoas que sofrem bullying e se dedicar de corpo e alma ao irmão. Casey também dá uma desconstruída nessa questão toda de gênero, ela se veste com roupas largas, quase nunca aparece com maquiagem. Além de ter muito mais força e coragem que muitos garotos por aí. Ela é maravilhosa e se não for sua personagem preferida, eu não sei mais quem pode ser.
Atypical nos apresenta o autismo sem drama
Eu não conheço muito sobre o tema autismo e, provavelmente, Atypical tenha alguns problemas de abordagem ou semelhança com a realidade. No entanto, a série não tenta aquela abordagem típica de “ser estranho é cool“, o que acaba banalizando o que as pessoas de fato sofrem diariamente. Atypical mostra de uma maneira muito gostosa, bem equilibrada entre a comédia e a sensibilidade do tema, sem grandes cenas dramatizando o assunto.
Em 8 episódios de, mais ou menos, 30 minutos, a Netflix acertou em cheio na dosagem para discutir esse assunto tão importante. Da maneira mais normal possível, com personagens super humanos com seus acertos e falhas. Cada episódio flui com bastante leveza. Apesar de suas complexidades que fazem a gente refletir. Atypical está super recomendada para quem quer se divertir com uma série de comédia. Ou para quem quer saber mais sobre o tema. É impossível parar de assistir!
Se você já assistiu, comenta aí o que mais gostou. Se ainda não viu, corre lá e depois conta para a gente o que achou!
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