Há um mês, mais ou menos, fiz o segundo diário de transição, falando que estava pensando em cortar o cabelo. Escrever sobre isso foi mega importante no processo de criar coragem. Portanto, 9 dias depois de publicar o post, lá estava eu sentada em uma das cadeiras da Tayó, cortando o cabelo. Só tem um problema: transição capilar é um verdadeiro jogo de expectativas X realidade. Eu jurava que estava pronta para tirar toda a química do cabelo. Mas, na verdade, ao ver o comprimento que ficaria, eu voltei atrás. Após muita conversa e negociação com a Taísa, dona da Tayó, soube que cortar o cabelo é fundamental para o sucesso da transição capilar. Não ia adiantar nada eu ficar apegada ao comprimento, por que isso impedia meu cabelo de começar a definir. Que, por ser ondulado tipo 2AB, já não definia com facilidade.
Por isso, vim conversar com vocês sobre o assunto. Tenho certeza que pode ajudar outras pessoas que estão apegadas ao comprimento. Além de estarem com medo de como o cabelo pode ficar, caso fique muito curto. Então, separei 5 pontos que acho importante ressaltar:
1. Cortar o cabelo é fundamental!
Tive cabelo curto por muito tempo e, desde que cresceu, ficou complicado desapegar. Já fazia um bom tempo que eu queria um corte long bob, mas cadê a coragem? No dia em que fui cortar, a Taísa explicou que toda aquela química impedia o cabelo de formar as ondulações. Que ele começaria a formar e, ao chegar na parte alisada, ele encontraria uma barreira. Ou seja, eu poderia morrer tentando finalizar o cabelo e não adiantaria de quase nada. Ainda tem uns quatro dedos (ou mais) de química, mas já ficou mais fácil de cuidar.
2. Mas, é importante se sentir confortável:
É claro que cada um se sente confortável com um comprimento de cabelo. Tirar toda a química ia me deixar com o cabelo na altura do queixo e eu acho que não ficaria bom com o meu rosto redondo. Admiro demais quem decide passar pela transição e já vai direto fazer o big chop. Aquelas mulheres que ficam com o cabelo bem bem curtinho. Mas, eu não ia me sentir bem. E sei que tem muita gente que também não se sentiria. Então, vale ir cortando aos pouquinhos. Em dezembro, eu tinha o cabelo na cintura e cortei acima do seio. E agora já encurtei um pouco mais. O importante é ir criando coragem e ir cortando aos poucos. A medida que for se sentindo confortável, ok? Só não pode deixar de cortar, por que isso atrasa o processo.
3. Fica muito mais fácil para finalizar:
Como eu disse, ficou bem mais fácil cuidar dele. Por mais que, vez ou outra, o cabelo respondesse bem aos estímulos da finalização e do uso do difusor, poucas horas depois ele já “murchava”. Sem contar que eu já tinha testado todas as finalizações que vi na internet e nada funcionava direito. Agora, com ele com menos química, tudo melhorou. Ficou mais fácil de cuidar e de identificar quais são minhas ondulações. Estou testando novamente todas as finalizações, para saber qual funciona melhor. Além dos inúmeros produtinhos que já comprei para testar. Alguns até me proporcionam 2 day afters maravilhosos! Ou seja, mais um ponto positivo de cortar o cabelo. <3
4. Antes de cortar: Pesquise e converse
Falar sobre a ideia de cortar o cabelo no último post, me encheu de coragem. Mas, conversar com amigas que já passaram por isso e pesquisar referências é outro ponto muito importante. Então, se você já está mais convencida de que deve cortar um pouco da química, se joga no pinterest! Lá você pode pesquisar sua curvatura e ir conhecendo referências. E aproveita para trocar figurinha com as amigas que já passaram pela transição capilar e que já fizeram o big chop. Pergunte quais foram os benefícios que elas sentiram após cortar e o que recomendam. Para te ajudar, eu separei 2 instagrams de salões que postam antes e depois. Além da nossa pasta no pinterest, de cabelos ondulados. É só clicar abaixo.
@Casadantiga | @Tayocachos | Pinterest
5. As pessoas vão falar de um jeito ou de outro!
Ter isso em mente te pouca tempo e paciência durante a transição capilar. Se seu cabelo está muito escorrido e meio detonado por conta das mil químicas que você faz, vai ter alguém para apontar isso. Se você assume o cabelo natural, vai ter alguém para se incomodar com isso. As vezes as pessoas não vão nem te falar nada diretamente. Mas, só a carinha de desgosto delas já é suficiente para encher o saco. Por isso, tanto faz como tanto fez, sabe? Transição capilar é um processo longo, árduo e que vai te ensinar muito sobre amor próprio. Vai ensinar, principalmente, a não absorver esse tipo de comentário ou cara feia. Se você se olha no espelho e curte o cabelo que tem, independentemente se é liso, ondulado, cacheado ou crespo: sorte a sua!
Falar sobre a transição aqui no blog tem me ajudado muito a entender melhor o efeito que esse processo tem. Espero que esteja ajudando outras pessoas que estão passando ou que querem passar por isso! <3
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