Mulheres devem permanecer em casa, cuidar do lar e dos filhos. Esperar o marido chegar, com um belo sorriso no rosto e servir o jantar. Mulher que trabalha fora tem que ralar em dobro e ainda chegar em casa pronta para cuidar do restante. Não, não e não. Temos uma nova geração de mulheres nascendo e se descobrindo. Uma geração Robin Scherbatsky, mas que ainda cria alguma Lily Aldrin pelo caminho. Se você não sabe quem são essas, eu vou te explicar melhor.
Robin Scherbatsky e Lily Aldrin são personagens do meu seriado preferido: How I Met Your Mother. E, apesar de serem melhores amigas, ambas vivem em momentos completamente diferentes de suas vidas. As duas sabem muito bem quais são suas ambições e onde desejam chegar, mas um fator difere as duas: a vida pessoal. Robin mantêm a cabeça fixa no seu trabalho como jornalista, ela deseja chegar ao topo da profissão e não se preocupa em como isso pode consumir sua vida pessoal. Robin respira seu trabalho, não se vê casada (apesar de frequentar encontros) e não deseja ter filhos. Lily é o oposto. Professora infantil, está noiva do Marshall e sonha em casar e ter filhos. Você vê ela cuidando de sua vida pessoal e dos demais exatamente como uma mãe faria.
Você não pode pular direto para o final, a jornada é a melhor parte.
Robin Scherbatsky
Conheço diversas Robins na minha vida, garotas que cresceram focando no sucesso profissional e que não mediram esforços para que suas carreiras estivessem no topo, mesmo sendo tão novas. Enquanto isso, suas vidas pessoais permanecem em espera e, geralmente, uma bagunça. Porque elas possuem a capacidade de argumentar perfeitamente no trabalho, mas possuem dificuldades quando a questão são seus próprios sentimentos. Elas focam tanto em seu trabalho e quando atingem sua meta, não sabem o que fazer. Acabam perdidas.
Enquanto as Lilys estão lutando para esconder o quanto são sensíveis ao mundo externo. Em como ainda sonham com casamento e filhos. E ainda assim, lutam para manter trabalho e vida pessoal em harmonia. São mulheres que vivem orgulhosas da família que criaram, que vão sair mais cedo do trabalho para ver a apresentação do filho na escola e vão apoiar seu parceiro e seus amigos no que for preciso. Mas que no futuro, podem acabar frustradas por não terem focado tanto em si próprias e chegado mais longe individualmente.
Enquanto escrevo esse texto, vejo diversos sobre como a sociedade não aceita mulheres como Robin Scherbatsky. Mas a verdade é que a sociedade não aceita muitos tipos de mulheres. Somos tantas e tão diferentes, que fica difícil dizer que apenas uma sofre com os padrões da sociedade. Eu sofro por desejar uma família como a Lily faria, mas conheço uma Robin que enquanto escala sua vida profissional fica sonhando com o dia em que terá sua própria família. É um mundo difícil para todas as mulheres, sejam elas: Robin, Lily, Maria, Carol, Cris e por aí vai… O importante é nos mantermos unidas. E parar de direcionar palavras de ódio e julgamentos errados para aquelas que escolheram caminhos diferentes dos nossos. Devemos apoiar e ajudar, mulheres unidas são o tipo que a sociedade jamais vai conseguir controlar.
Você é mais Robin ou Lily? Conhece alguém que precisa ler esse texto? Compartilhe!
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