Patrinando

KIRBY: novos dilemas amorosos atemporais

22 de setembro de 2020

Quem me lê aqui sabe que gosto bastante de black music, seja antiga ou moderna. Por isso, a recomendação de hoje é a cantora e compositora norte-americana KIRBY. Por enquanto, ela só tem um álbum, lançado neste ano, “Sis.”.  Não confunda ter só um álbum com inexperiência: KIRBY já colaborou compondo com artistas como Ariana Grande, Beyoncé e Demi Lovato.

A capa de ”Sis.” poderia tranquilamente ter sido produzida nos anos 70 em algum salão de beleza típico da época, embora a sonoridade tenha muita influência do R&B feito no começo dos anos 2000 e do soul e funk tradicionais. Os singles “Kool Aid” e “Don’t Leave Your Girl” são uma síntese de como o álbum é tão afetivamente emotivo. KIRBY aborda como são os dilemas amorosos para uma mulher negra de uma forma suave e direta. Com o passar das músicas, é possível sentir as diferentes situações e emoções que KIRBY passa. Vulnerabilidade e força andam juntas.

A minha faixa favorita é “We Don’t Funk“. Caso tenha um pouco de conhecimento sobre a língua inglesa, já percebeu que há um certo trocadilho no título com a palavra “fuck”, que significa “foda” ou “foder”. E o trocadilho não para só nas palavras: a música é nitidamente um funk, gênero musical negro que surgiu nos anos 60. 

KIRBY é uma ótima opção para começar a conhecer novos cantores de black music, da tão famosa, mas nem tão falada, neosoul. Com certeza, ela merece todo o hype e reconhecimento possível.

 

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