Na madrugada de quarta-feira tive insônia. Minha cabeça, as vezes, entra numa espiral de pensamentos e nunca consigo sair dali para finalmente dormir. Mas, enquanto vivia esse drama, resolvi visitar o blog de uma amiga muito querida, a Clara Rocha. Fui tão fundo nas profundezas de seus posts passados, que cheguei a encontrar uns bem antes de sua transição capilar. Porém, o post de hoje não é sobre transição. Um post da Clara me fez pensar sobre: por que eu blogo? Até agora, em seis anos de blog, não ganhamos nenhum centavo para fazê-lo. E, frequentemente, me sinto uma exploradora, por que conto com a ajuda de mais duas pessoas incríveis e não tenho como pagá-las ainda.
Afinal, por que eu blogo? É difícil responder isso. Eu blogo desde que me entendo por gente. Ou seja, lá pelos meus 11 anos, quando a internet começou a ser um mar pronto para ser explorado. Foram meus infinitos blogs que me fizeram amar escrever. E, por consequência, foram meus blogs que me guiaram para a minha atual profissão. Falo blogs, por que nesses 11 anos que estou blogando, já criei muitos deles. Pois, as vezes, quando me cansava do que tinha escrito até ali ou já não me sentia mais a mesma pessoa, era mais fácil mudar de blog, do que transformá-lo. Era quase como se eu tivesse uma nova identidade. Um recomeço.
Mas, por que eu blogo?
Em seis anos de Ré, sempre fui meio descuidada. Vinha aqui de vez em quando, falar sobre entretenimentos aleatórios. Porém, nunca falava nada muito pessoal. Essa coisa toda de abrir o coração por aqui, é algo que aconteceu de um ano para cá e ainda sinto borboletas no estômago cada vez que aperto em publicar em algum post desse tipo. Adoraria ter a destreza da Mila em pensar em voz alta a cada quinze dias. E, fico triste em dizer, que só percebi a importância disso aqui quando me foi tirado. Nunca falei sobre isso abertamente por aqui e nunca quis falar. Mas, cerca de um ano e meio atrás alguém pagou um boleto para tirar o Ré do ar. Por pura e simples maldade. Minha alma dói só de lembrar.
“O trabalho que você faz enquanto fica enrolando é provavelmente o trabalho que você deveria estar fazendo para o resto da sua vida.”
Jessica Hische
Foram dois meses para conseguir recuperá-lo. Dois meses em que eu quis, mais do que tudo, largar mão de uma vez. Deixa isso pra lá, eu nunca vou tê-lo de volta. Mesmo sentindo que uma parte de mim tinha ido embora. Com sorte, nessas horas de cegueira causada pelo desespero, sempre tem umas pessoas de luz ao nosso redor. Uma das pessoas mais incríveis do mundo conseguiu recuperar o Ré na virada de 2016 para 2017. A sensação de entrar no link pela primeira vez, recuperado, foi a melhor do mundo. Ao recordar, em meio as lágrimas, consigo entender por que blogo.
Blogo por que a blogosfera é o meu lugar favorito da vida inteira. É para cá que venho sempre que meu coração precisa de conforto. Ou sempre que preciso compartilhar uma alegria. Foi na blogosfera que conheci algumas das pessoas maravilhosas que me cercam hoje. Blogo por que amo escrever. Amo compartilhar experiências e contar histórias. Mesmo com todas as borboletas no estômago, meus dias não teriam sentido se eu não escrevesse aqui. Alias, não há um só dia que eu tenha feito um post por obrigação. Escrever aqui é o que me mantem viva e criando. Então, meus caros, só posso chegar a conclusão de que blogo por amor. Não por dinheiro, mesmo que eu queira viver disso em um futuro próximo. Não por obrigação. Blogo pelo mais puro e simples amor. Blogo por que dependo disso para seguir feliz.
2 Comments
LINDO <3 emocionada! Me sinto exatamente como tu!
Maravilhosa! Você merece muito sucesso! <3
ps.: logo esse sucesso vai vir a tona!!!