Eu nunca pensei em ser jornalista. Sério mesmo. Não brinquei de apresentar jornais na infância, nem nada parecido. Pelo contrário, cheguei a achar que seria engenheira. Dá para acreditar? Eu sei, também não acredito direito. E eu vivi essa época. Imagina você que caiu aqui de paraquedas. Mas, eu sou. Jornalista, no caso. Por formação e tudo. Só que, para explicar aonde quero chegar com isso aqui, tenho que voltar alguns aninhos na trama da minha própria vida. Eu nunca achei que seria jornalista, por que assim como toda a humanidade que só olha a casca da profissão, achava que precisava apresentar um jornal.
Nunca parei para raciocinar que as revistas estão repletas de jornalistas. Muito menos sabia que existem várias vertentes do jornalismo por trás de um jornal exibido na TV. Inclusive, não custa dizer, se você não sabe, para um jornal ir ao ar, dependemos de muitos outros jornalistas. Não só os que estão em frente às câmeras todos os dias. Mas, Ê, aonde você quer chegar com essa conversa toda? Aguenta aí, sem pressa. Ô geraçãozinha que não aguenta esperar, nunca vi pior. Quando eu decidi fazer jornalismo, foi por que minha mãe percebeu em mim um talento especial para contar histórias. Juro. Toda vez que eu lia ou vivia algo, corria para narrar a história inteira. Ela conta que algo, talvez meu próprio anjo da guarda, soprou no ouvido dela (em um desses momentos que eu estava tagarelando algo): “essa menina é jornalista”.
São tantas vertentes
E eu era mesmo. E agora sou mais ainda. Pelo menos é o que diz o meu diploma. Juro, tenho um papel que atesta que eu sou jornalista. E estudei 4 anos inteiros para isso. Sou até premiada! Ok. Não vim me gabar nem nada. Mas, não custa contar isso as vezes né? E nem vem esfregar na minha cara que não precisa mais de diploma para exercer essa profissão, viu? Acho o cúmulo isso aí. Enfim, o papo não é sobre isso. Entretanto, um dia vai ser. Só que não agora. Enfim, de novo. O grande lance é que, eu sempre soube que eu não queria TV. Nem impresso. Nem internet. Revistas? Talvez. Não me leve a mal, eu amo escrever para internet. Mas, não quero escrever sobre temas jornalísticos padrão, sabe? Buraco da rua, assalto, acidente de trânsito, falecimento de alguém. Esporte. Política. Credo. Não!
Eu não quero escrever sobre essas coisas comuns. Nem na internet, nem em canto nenhum. E se você é jornalista e ama fazer isso, parabéns! Acho lindo ver o olho das pessoas brilharem por isso. Mas, os meus não brilham. Nem. Um. Pouquinho. Eu quero falar de pessoas. De vivências. Quero escrever histórias de amor. Quero contar para o mundo sobre coisas boas. Dar uma última chance para as pessoas acreditarem umas nas outras. No amor, na empatia. Puts, é isso! É isso que eu quero fazer para a minha vida inteirinha. E eu devo isso aos meus pais. Ou ao anjo da guarda que soprou no ouvido da minha mãe. E ao meu professor Vinicius. Afinal, eles que deram o Norte para a minha caminhada.
Agora estamos mais perto do que eu quero falar
Eu decidi caminhar por uma outra vertente do jornalismo. Falar de amor no jornalismo literário. Crio livros a partir disso. Aí, eu fui mostrar para a minha avó, toda empolgada, como fica o produto da amoor.co. Ela me solta um “achei que você seria jornalista”. Mas, eu sou. “Só que eu achei que você ia ser que nem o Bonner”. Ô Deus, pra que? O mundo já tem o Bonner. O mundo não precisa de outro Bonner. Talvez, dentro de alguns anos, quando ele precisar se aposentar ou seguir novos caminhos. Mas, não agora. Eu não quero ser o Bonner. Nem quando ele se aposentar. Só que minha avó nunca vai entender isso.
E talvez, muitas outras pessoas também não entendam. E tá tudo bem! Afinal, o importante é que eu faço o que amo. Todos os dias. Principalmente, que eu escolhi o melhor caminho para mim dentro do jornalismo. Graças ao fato de eu ter pais incríveis e um professor tão incrível quanto eles. Nessa minha pequena homenagem ao dia do jornalista, que foi no último dia 7, eu queria mostrar para você, que não entende nada sobre a profissão que: nos somos muito mais do que o cargo que o Bonner ocupa. E, para você que quer ser jornalista e veio aqui por acaso, eu quero dizer que: você pode atuar em tantas áreas, graças a esse curso. Aprenda a reconhecer o que você quer e encontre o seu melhor caminho também.
É isso! Ou seja, tanto rodeio apenas para dizer pro mundo que nos jornalistas somos muito mais do que você consegue ver.
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