Gênero: drama;
Ano: 2016;
Roteiro: Robbie Pickering;
Direção: Bill Purple;
Sinopse: Se sentindo incapaz de lidar com a dor de perder sua esposa recentemente, um arquiteto decide fazer amizade com uma menina introvertida e concorda em ajudá-la a construir uma jangada para atravessar o Atlântico.(AdoroCinema)
The book of love
The book of love ou The devil and the deel blue sea, não sei qual é o nome original e não consegui descobrir. Mas, o filme em questão, é um retrato muito suave e sensível sobre amor e luto. Henry é um cara metódico. Tudo que faz é devidamente planejado e também é um cara completamente apaixonado por sua esposa. Cindy, entretanto, é o oposto do marido. Faz de tudo para viver intensamente e tornar os dias de Henry menos programados. Só que, quando estão esperando o primeiro filho, um acidente de carro faz com que tudo mude na vida dele. Henry passa a viver de forma mais solitária e tem tudo para ser cada vez mais metódico, até que conhece uma adolescente que é quase uma sem teto. Millie lembra muito Cindy, por sua ânsia por viver perigosamente.
Enquanto a garota está em busca de construir uma jangada para atravessar o Atlântico em uma missão maluca, Henry procura uma ocupação para a sua mente e se propõe ajuda-la. Mas, juntos, Millie e Henry tem muitas coisas para compartilhar. Principalmente, sobre a lacuna que o luto pode deixar na vida de alguém. Afinal, Millie perdeu a mãe ainda muito nova e essa missão está diretamente em curar esse ponto de sua vida. Eles desenvolvem uma amizade saudável. Ao contrário do que pode parecer, a amizade entre uma adolescente e um cara solitário, não tem nada haver com contextos pesados que estamos acostumados a ver. Pelo contrário, Henry quer cuidar e proteger Millie como um pai.
Luto e amor
Se você já deu de cara com o luto por alguém que amava muito, provavelmente sabe de que tipo de sentimento estamos tratando por aqui. Não é um tema simples ou fácil de deixar com essa conotação doce que ficou na trama de The book of love. Afinal, tratar sobre a morte, pode trazer um ar mórbido ou sombrio para o roteiro. Mas, os roteiristas conseguiram balancear muito bem. Vivenciar o luto pode ser doloroso e jogar você em limbos muito complicados de sair. Entretanto, no filme em questão, mostra exatamente como não se deixar abater é fundamental. Henry tem o falecimento da esposa como um ponto de virada da sua vida. Não quero dar spoilers sobre isso, mas o personagem passa por mudanças fortes na sua vida depois disso.
Acho que é o melhor retrato sobre luto e amor que eu já vi. Mostra como somos humanos, como a vida segue. Mas, principalmente, como isso não precisa estar ligado ao fato de que você vai esquecer aquela pessoa. Rir das boas lembranças e se inspirar em ser uma pessoa melhor, torna o luto honesto, necessário e real. Estar de luto por alguém que amamos muito não é chorar todos os dias para sempre. Mas é sentir falta quase que o tempo todo, seguindo a vida mesmo assim. Enfim, retrato necessário e apaixonante. Recomendadíssimo.
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